Da inspiração da
poesia que vem
de uma frase, um
dito ouvido
de verborragia de
pensamentos
fugidos.
Que só se cala no
papel,
na letra
embaralhada
que se desdobra
até que a mente
sossegue,
até que o sono
chegue,
até que o ponto se
insinue satisfeito.
Do dito ouvido e repetido
pela mãe, pelo pai,
ancião e anciã
de que “pão se
compra em padaria e carne em açougue”
Aí fico pensando...
Que busco pão em
açougue
e carne em padaria
por diversas vezes,
e que não acho coisa
alguma.
Que fico no tato,
ao invés de ver e
ouvir
Que bebo água
salgada
por gostar de
(a)mar profundo
Que me despentelho
por mais pelo
ou pelo não ter
elo
Sei lá se quero pão
ou carne
Minha fome é de
tanta coisa
Ou sei lá... penso
que poderia ter uma seção
de pães com carne
no açougue
Mas a ideia é xeque!
Eu brinco com as
palavras,
mas concordo
porque amanhã
trabalho cedo
E a vida tá difícil
pra todo mundo
que tem que comprar
pão na padaria
e carne no açougue
a base do suor do
dia
Por mais dos
trocadilhos pra vida,
das confusões e
inconclusões de assuntos
Assumo que não sou,
como dizer...
Tão dada às medidas
certas
de acreditar que só
tem pão na padaria...
Ah! Antes não
tivesse pão nem carne!
Mas amanhã é dia!
Se não achar pão
nem carne,
como o que tiver ou
me resguardo no jejum
Pra saber que nem
só
de pão e carne
vive todo ser
humano,
mas de ditado, sim!
Conselho bom que
diz uma vez só,
mas diz dez
Porque repetir é
necessário
pra os que ouvem ao
contrário
Porque parábola é
exemplo
É sabedoria dos
ancestrais
Da história de vida
contada
de quem já viveu
muito pra saber que:
“Carne se busca em
açougue e pão em padaria”