segunda-feira, 1 de outubro de 2018

"Segura a Coisa"


Tolhos faiscados de Olinda,
entre o bloco e o avesso
da boca que passei batom
e intimei teu beiço.
Mas o caminho não era esse.

E foram-se outros,
tortos que nem foice
a ceifar a minha falta de necessidade
de buscar água em fonte seca

Mas tudo que vai volta

E minha volta...
Mais cedo do que eu podia imaginar
foi pra dizer que o mar tava pra peixe,
não pra pescador.

Tua poesia de olhar me captou
e me devolveu muito de mim naquela noite,
como um presente, pois o sol estava a se chegar
aos mesmos dias em que anos antes havíamos sido apresentadas a esse mundo

Sendo filhas da terra seca e da água salgada
Uma milha de distância,
mas uma proximidade de querer bem
que me balança, que me balança, que me balança.