sábado, 14 de novembro de 2020

Outros tempos vindouros


Batente de porta

Final de tarde

Começo de vento

Ponta de lua


Nem precisa de conversa 




(Tudo é sobre o que tá dentro)



Quiria o mar,

Mas me contentei com a bacia

aos pés com água salgada

Quiria uma floresta,

mas o quintal de mainha é minha própria mata

Quiria um bando de coisas...

Mas o que tenho agora é tudo que preciso

Visto isso,

nada me falta

Re(ato)




 Hoje eu me estranhei

E nesse vago reconhecimento

Fiz espelhos em caminhos

Na ida só vi concreto

Na volta colhi flores

E me reconheci

Ouvidos


O amor pôs-se assim:

Num lampejo de silêncio

Numa ausência de palavras que busca as exatas condoscências 

Mas percebeu-se que a ausência acolhe, recolhe

conforta

A escuta diz mais que os manuais e experiências

domingo, 8 de novembro de 2020