domingo, 24 de novembro de 2019

Vapor


Quente
Não quanto antes
Um pouco quieto
Calado
Resignificado
Nem tanto...
Caminho constante
As vezes desviado
Desvairado talvez
Mas entendido
Aceitado
vivido
                                                          
Meados  de setembro

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Tudo em sua normalidade

Eu saio final de tarde de domingo
E tudo tão em paz
As cervejas e pessoas em seus bares
Crianças nas ruas brincando
Senhor, senhora passando
Me dando e retribuindo
Boas tardes
Cores do céu mudando
Outros movimentos acontecendo
Volto noite.
De manhã, pessoas fazendo seleta de lixo
Dando e retribuindo bons dias
Jovens que passam para o trabalho
Crianças que correm para a escola,
Acompanhadas ou não
Todas se comunicam bem
Quando me perco no pensamento
Sou resgatada por um comprimento
Que faz me sentir bem
De morar por aqui

Campo Limpo – Feira de Santana

Meados de setembro 

Palavras I


Eis que as palavras surgem
Rudes
 Fico sem saber o que fazer com elas
Despontam de ponta cabeça
Esvaziam os sentidos
Ou só retroalimentam em dizeres
Aquilo que nos afugenta?
E eu que pensava que
Havia dito tudo que tinha
Pra dizer
Mas o tempo diz mistérios
Diz casualidade também
Que pouco mexe e vira
Mistérios de novo na mente do poeta

Oh, desande!


(meados de setembro)